domingo, 18 de julho de 2010

Devaneio



Sem noção do espaço
As negras asas da clama noite
Voam tristemente
Minha alma debruçada na janela,
Revive nossa história inconsequente.
do meu pequeno radio,
Bem suave, brota
A canção do gênio triste que
Também viveu a gloria do pecado.
Ninguém responde à voz do gênio
E chego a temer
Que um dia como o gênio do passado
Hei de chamar-te inutilmente
a essa ideia minha alma se entristece,
E torno a relembrar minha história
Na certeza de te-la eternizado
No relicário de ouro da memória.
Insiste em ficar longe de mim,
Mesmo eu te amando, te adorando
Sofrendo com prazer
A mesmíssima dor que me tortura
Não rias de mim quando te digo que
Sonhei contigo ao som de melodias
São puros os sonhos de uma poetisa
A luz da lua dessas lindas noites.
Mas, afinal se vivo tão sozinha
Não podendo te abraçar em carne e osso,
Vou criando os meus sonhos
Tresloucados para sentir você
Ao menos como posso:
Em sonhos

29/03/1993

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