No vento uivante
Vem uma chuva de arder a pele,
Sinto-a me espetando como pregos.
Não permito que você se vá
Mesmo sabendo que pode ser
Quase impossível atravessar essa tempestade.
Sei que é difícil amar agora
Se há tanto para se preocupar,
Mas me apoio na esperança
De que os céus feridos
Não me digam que é tarde demais
Tudo é o caos
Sou incapaz de olhar
para o meu orgulho
A noite logo chegará, e eu terei
Que dormir mais uma vez sozinha.
Entre suspiros me perco
Com pensamentos estranhos
É o mesmo que cair em um redemoinho
E ser puxado para baixo
Então nada pode impedir a queda
Das minhas lágrimas solitárias
Minhas lágrimas de um coração ferido
Existem coisas que somente podem ser vistas
Com aqueles olhos que choram
É uma forte dor que
Desmancha-se nessa fraqueza que é uma lágrima
A qual traduz os sentimentos
Que palavras são incapazes de revelar
Enquanto houver uma lágrima
Haverá uma sombra de esperança.
11/08/1991
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